A Arte de Dialogar com o Destino: reflexões sobre escolhas e forças que moldam nossa vida

Por Rio de Janeiro - Barra da Tijuca

“Como lidar com o encontro entre a nossa capacidade de escolha e as forças externas que moldam nosso caminho? Como aprender a ouvir o que a vida nos apresenta e reconhecer nosso papel em cada decisão?” Essas e outras questões profundas sobre o destino e o papel de nossas escolhas foram abordadas na palestra “A Arte de Dialogar com o Destino”, conduzida pelo professor da Nova Acrópole Barra da Tijuca Joseph Jr, no dia 26 de outubro.

Joseph traçou um paralelo entre a visão moderna e a visão ancestral sobre o destino. Enquanto os antigos enxergavam a vida como um grande ser vivo, com o qual se sentiam integrados e sabiam controlar seus instintos, os povos atuais tendem a adotar uma visão mais instintiva. “A visão instintiva nos leva a agir de acordo com necessidades básicas, como a fome. Nosso corpo envia sinais ao cérebro e, imediatamente, buscamos satisfazer essas necessidades. Mas, muitas vezes, os instintos não operam em harmonia com a inteligência. Quando agimos de forma inteligente, conseguimos controlar os instintos, satisfazendo-os no momento mais adequado”, explicou.

A palestra mostrou como, na antiguidade, o ser humano vivia em harmonia com a natureza, enxergando-a como uma extensão de si mesmo. Com o tempo, essa conexão foi enfraquecida, e surgiu uma visão mais individualista, na qual o ser humano passou a explorar a natureza, extraindo seus recursos sem considerar as consequências. Isso levou a desequilíbrios como mudanças climáticas e desastres ambientais. Surge então a pergunta: por que enfrentamos essas mudanças?

Joseph também fez os participantes refletirem sobre a importância do equilíbrio entre instinto e razão. “Agir impulsivamente, sem reflexão, pode nos levar a tropeçar e nos machucar. A liberdade total nem sempre é vantajosa, pois pode resultar em dor e sofrimento. É preciso equilibrar nossos instintos com a razão.”

Destacou também a importância de preservarmos a nossa pureza. “À medida que crescemos, passamos a entender que as pessoas possuem suas malícias, intenções negativas ou até ignorâncias. Muitas vezes, elas agem de maneira errada sem intenção, simplesmente por não saberem o que é certo ou errado. Com isso, vamos perdendo um pouco da inocência, porém, é essencial preservar nossa pureza”, completou.

A palestra foi encerrada com uma mensagem fundamental: mais do que se preocupar com o destino, devemos focar no caminho — em como faremos nossas escolhas e quais direções tomaremos.