Você já parou para pensar na relação entre o ritmo da música e o de nossas vidas? E, afinal, qual a diferença entre pulso e compasso? No dia 14 de setembro, Joseph Júnior, prof. da Nova Acrópole Barra da Tijuca, conduziu uma palestra sobre o tema “Percussão Corporal” explorando essas questões. Durante o evento, destacou como essa prática poderosa, de utilizar o corpo para criar ritmos, contribui para o desenvolvimento da coordenação motora e da consciência musical, além de nos reconectar com o ritmo natural da vida.
“O ritmo está profundamente enraizado na vida, mas a rotina intensa da vida moderna nos desconecta desse compasso natural. A música, no entanto, pode nos ajudar a desacelerar, reduzir o estresse e diminuir a ansiedade”, disse Joseph.
Também destacou a diferença entre pulso e compasso. Enquanto o pulso é o “batimento” constante que sentimos em uma música, o compasso organiza esses batimentos em padrões, como o tradicional 4/4, que é um dos compassos mais comuns na música ocidental.
A pulsação é comparada à batida de nosso coração, conectando-nos ao ritmo vital da existência. “Assim como o coração deve manter seu ritmo para que a vida flua harmoniosamente, a música também necessita de ritmo para manter sua coerência e equilíbrio. Se o ritmo se desregula, como ocorre em uma taquicardia, isso afeta a harmonia geral”, destacou.
Música e filosofia
Em Nova Acrópole, a arte, incluindo a música, é considerada um meio essencial da busca pelo belo, uma manifestação do equilíbrio e da harmonia que nos conecta ao universo de maneira profunda. Ao compreender os elementos musicais, como o ritmo, a melodia, o compasso e a pulsação, nos ajuda a ter um melhor discernimento acerca do que genuinamente reflete ou não a beleza.
Para a filosofia, a música carrega esse propósito, pois, como seres humanos, sentimos a necessidade de nos identificar com algo maior, algo que ressoe com nossa essência mais íntima e nós temos uma essência que precisa entrar em contato com essas expressões de beleza.
“Esse contato nos ajuda a nos identificar, cada vez mais, com quem realmente somos. A música, como uma forma de arte, tem o poder de nos reconectar com essa essência e de nos aproximar do belo como expressão divina em sua forma mais pura”, ressaltou.
Joseph lembrou que a prática da percussão corporal também é uma forma de desenvolver a concentração, foco e criatividade. “A música exige atenção aos detalhes, ao tempo e ao ritmo, e esse foco pode ser transferido para outras áreas da vida. Além disso, ela nos ensina a apreciar a beleza que existe no simples ato de estar em sintonia com o mundo ao nosso redor”, concluiu.