Palestra aborda forças inspiradoras e transformadoras das Musas

Por Rio de Janeiro - Barra

As Musas, reconhecidas como mensageiras divinas e fontes de inspiração em planos elevados da consciência, foram tema da palestra “Musas: Inspiração para a Arte e para a Vida”, realizada no dia 14 de setembro, na Nova Acrópole Barra da Tijuca, e conduzida por Márcia Evangelista.

No encontro, Márcia apresentou as nove Musas, consideradas seres sagrados, muito antigas, sábias e poderosas, que inspiram os humanos a se conectarem com o divino, por meio das artes e das ciências. Ela resgatou o conceito mitológico de que elas são forças vitais que conectam as experiências humanas, resgatam a essência da divindade e eternizam histórias. “A ideia é que, enquanto elas sopram nos ouvidos mortais (ou dão o beijo da Musa), nos inspiram a buscar beleza e significado nas nossas próprias vidas”, completou.

Filhas de Zeus e Mnemosine (memória), as Musas nasceram próximo ao cume do Monte Olimpo e foram criadas para celebrar em palavras e música a beleza do mundo manifestado e os prodígios dos deuses. Por séculos elas são veneradas por contribuírem com a arte por meio da música, da dança, da poesia, do teatro e da ciência.

Píndaro, por exemplo, um importante poeta lírico da Grécia Antiga, frequentemente mencionava Zeus e Mnemosine, as figuras parentais das musas, em seus poemas, destacando a conexão entre o divino e a criação artística. Essa relação reforçava a ideia de que a inspiração e a sabedoria vêm de uma fonte superior.

Cada Musa representa uma arte, guiando os seres humanos em seu desenvolvimento. Entre as apresentadas aos participantes do encontro, destacam-se  Euterpe, da música, que surgiu para encantar a alma humana; Clio, da História e do Destino, que incentiva a exaltação da glória, dos grandes feitos; Érato, Musa da poesia lírica, suave e alegre, que traz satisfação a todos que ouviam suas palavras; Polímnia, Musa da retórica e das poesias sagradas; Melpômene, Musa da tragédia que, apesar do canto alegre, cantava a tragédia; e Urânia, Musa da astronomia e astrologia, também considerada a Musa da Matemática e de todas as ciências exatas.

Por fim, a palestra nos mostrou que o papel das Musas é o mesmo que temos em nossas vidas, que é fazer o melhor e recordar nossa origem divina, o mesmo que elas vieram fazer. “Assim como as Musas inspiram e elevam o espírito humano, nós também temos a responsabilidade de buscar a beleza e a excelência em tudo que fazemos. Ao nos conectarmos com a nossa essência e com a natureza divina que habita em cada um de nós, podemos criar um impacto positivo ao nosso redor, promovendo harmonia nas relações humanas e na nossa interação com o mundo”, complementou Márcia.