Esporte com Coração é tema de atividade esportiva em Curitiba

Por Paraná - Curitiba

Proposta por Platão há mais de 2500 anos, a formação por meio da ginástica e da música compõe-se de valores como a força moral e a purificação dos defeitos, que em alguma medida é vivenciada por aqueles que praticam o esporte com essa mentalidade, afinal, cumprir um horário ao qual se compromete estar presente e unir-se ao time, e ser ágil para chegar na bola completando uma jogada, são ações que exigem a postura de um ser humano consciente e que muitas vezes não são consideradas e, tampouco, são atitudes a serem levadas para outras áreas da vida.

Porém, essa era uma das análises feitas por Pierre de Coubertin, restaurador das Olimpíadas na era moderna, ao propor em seu ideário que o esporte forma e transforma os seres humanos, tornando-os capazes de melhor atuar no mundo, sendo essa, inclusive a verdadeira proposta do ideal de fraternidade dos Jogos Olímpicos, não só revividos por Coubertin, mas vivenciados pelo “agonistas” gregos, educados por meio dos agones olímpicos, para lutarem pela paz. O Barão de Coubertin dizia que não bastava entregar uma bola a um grupo de crianças e, então, haveria um desenvolvimento de valores, mas sim que era necessário trabalhar em como ensinar as crianças as regras do jogo, acompanhá-las e instruí-las, ainda, para além do campo, a serem pessoas melhores em suas relações sociais, familiares, nas amizades, asseio pessoal e cuidados com a saúde.

A Escola do Esporte com Coração oferece atividades em centenas de unidades da Nova Acrópole ao redor do mundo, e desde 2015 a Nova Acrópole de Curitiba vem desenvolvendo um trabalho com os valores do esporte filosófico através do voleibol, permitindo que os desportistas filósofos aprendam não só as técnicas da modalidade, mas também possam aprender sobre si mesmos. E o dia 4 de junho foi festivo por ter sido exclusivo para receber os novos alunos que chegaram para conhecer a proposta do ESPORTE COM CORAÇÃO. Foram realizadas brincadeiras com a bola, que arrancavam sorrisos, mas que também exigiam concentração e esforço dos praticantes.

Foi um encontro dos mais antigos com os novos, proporcionando se conhecerem, brincarem e jogarem juntos, colocando técnica e regras à serviço do crescimento dos filósofos atletas que desafiaram a estar presentes. Uma das participantes pela primeira vez, Sabrina Marcelino, comentou que foi a coragem que a permitiu se colocar nessa condição de fazer algo novo, valor esse que permite aos praticantes compreenderem um pouco mais sobre a ideia do heroísmo, aprendida nas aulas de filosofia, afinal, todo herói é corajoso.

Gustavo Subkowiak, filósofo e monitor da atividade, coloca que “o esporte é uma ferramenta filosófica para crescermos como seres humanos, em valores verdadeiramente humanos, e especificamente para o esporte de equipe, em nossos treinos de vôlei, que traz muita alegria, de corações unidos, uns pelos outros, trazendo a generosidade, por exemplo, de estar em quadra por si e pelos demais. Certamente a cada treino saímos mais conscientes, úteis e felizes.”