Voluntários da Organização Nova Acrópole de Florianópolis realizaram neste sábado, dia 28, um mutirão de reformas no Centro de Educação Infantil Renascer, localizado no Jardim Zanelato em São José. As obras incluíram a abertura e instalação de portas mais largas, pintura da sede, manutenção elétrica, limpeza e até a instalação de um reservatório de água com 5000 litros de capacidade.
Todas as reformas realizadas fazem parte de um pacote de exigências do Ministério Público Estadual para que toda instituição de ensino esteja adequada à Lei de Acessibilidade sob pena de ter suas atividades interrompidas.
Fundada em 1987 por iniciativa de um grupo de voluntários, o Centro de Educação Infantil Renascer é a única instituição desse tipo na região e atende 87 crianças entre 3 e 6 anos de idade e se mantém através de doações e de um convênio com a Prefeitura de São José que cobre apenas o salário dos 17 funcionários: professoras, merendeira, cozinheira, pedagoga, entre outros.
Mas a nova lei trouxe uma preocupação a mais para a diretoria da creche: “O custo total da reforma seria quase impraticável para nós, além dos materiais, a mão de obra é muito cara”, afirma Regina Petroski, atual presidenta do Centro. “A participação da Nova Acrópole é algo tão grandioso que reascende nossa esperança”, conclui.
“Foi um dia daqueles que faz a vida valer a pena”, afirma o professor da Nova Acrópole, Dimas Pincinato Alves, um dos coordenadores da atividade. “Empenhar nossa vontade para trazer algo de bom e belo para a vida de outras pessoas é uma oportunidade pelo qual nós devemos agradecer”, completa.
Os voluntários do Centro de Educação Infantil Renascer, que atuam diretamente nas tarefas da instituição – como Jorge Manoel Costa, 63 anos, morador do Jardim Zanelato, membro fundador e atual vice presidente -, também participaram ativamente das reformas.
Segundo Jorge Manoel: “Vivi momentos muito difíceis aqui quando não tínhamos professores para começar as aulas em 2002, mas hoje vi pessoas dispostas a virem aqui e fazerem tudo isso por crianças que elas não conhecem, filhas de pessoas que elas também não conhecem, e isso é algo maravilhoso!”