A palavra “mito” nos tempos de hoje, diante do reducionismo de conceitos e significados que sofre a sociedade, remete-nos, por um lado, a uma ideia de lendas, fantasias e superstições, por outro, a pessoas ou símbolos que marcaram ou estamparam significativamente atividades econômicas, culturais, artísticas, esportivas, etc.
Fernando Schwarz, filósofo da Organização Internacional Nova Acrópole da França e professor da Escola de Antropologia de Paris, conceitua “mito” como “modelos narrativos que dão sentido a nossa existência”. Afirma que “apesar das aparências, nossas sociedades reproduzem os comportamentos míticos por meio da repetição de determinados cenários antigos, imitando modelos (personagens literários, heróis, guerreiros, políticos, atletas, estrelas de cinemas, estrelas do rock, etc.)”. Assim, em que pesem a complexidade de nossos tempos, para o bem ou para o mal, ainda precisamos de modelos que nos inspirem.
Por isso, faz-se necessário um retorno aos clássicos e as obras dos muitos homens e mulheres de diversas civilizações e épocas que se dedicaram a estudar e compreender, sem preconceito ao que é “antigo”, a esse fenômeno que acompanha a humanidade desde sua existência, o MITO.
A Nova Acrópole, há 60 anos e em 60 países vem promovendo o desenvolvimento dos valores humanos por meio da Filosofia, Cultura e Voluntariado. Realiza palestras gratuitas sobre diversos temas filosóficos acerca do Homem, da Vida e da Natureza. Nesse sentido, aconteceu em sua sede Joinville, no último dia 14 de setembro, a palestra “A FUNÇÃO PEDAGÓGICA DO MITO”.
Conforme o palestrante, professor Daniel Saramento, “o tema propôs refletir se o ser humano moderno ainda tem alguma coisa a aprender com os mitos”. E continua: “A função pedagógica do mito é ensinar o ser humano a viver a vida diante de qualquer circunstância. Independentemente da época em que o homem viveu ou viverá, o mito sempre estará ensinando a viver melhor”, conclui.