Encerrando as comemorações da Semana da Mãe Terra, a Nova Acrópole Joinville levou alunos e convidados à participarem, no dia 27 de abril de 2024, da trilha ecológica no Parque Municipal Morro do Finder. A Semana Internacional da Mãe Terra é um evento anual que busca resgatar a concepção de Terra Una, na qual o ser humano possa se perceber parte de toda a natureza e não um ser separado dela.
Iniciando a trilha, os participantes “abraçaram” uma árvore, como forma de simbolizar a integração de cada um àquele ser e de demonstrar gratidão à toda natureza que constantemente nos abraça.
Além das belezas proporcionadas pela trilha arborizada do parque, os participantes também foram contemplados com um poema e uma palestra.
O aluno e voluntário Alexandre Albrecht apresentou, em poema, uma adaptação da famosa carta escrita em 1855 pelo Cacique Seattle ao então Presidente dos Estados Unidos, Franklin Pierce. A carta sintetiza o espírito daqueles povos originários de total integração sagrada à natureza, como podemos ler, no seguinte fragmento do poema:
“Cada porção desta terra é sagrada para meu povo, cada brilhante mata de pinheiros, cada grão de areia nas praias, cada gota de orgulho no escuro bosque, cada colina e até o som de cada inseto, tudo é sagrado ao passado e à memória do meu povo. (…) Nossos mortos (…) não podem nunca esquecer essa bondosa terra, pois ela é a Mãe dos peles vermelhas. Somos parte da terra como ela é parte de nós. (…) Os escarpados penhascos, os úmidos prados, a grande águia, o calor do corpo do cavalo, o homem, todos pertencemos a mesma família.”
A professora Ana Lúcia da Rosa, palestrou sobre “O Planeta Terra é um grande Ser Vivo: que podemos aprender com isso?”.
Toda essa experiência trouxe aos participantes muita reflexão.
Para Alessandra da Silva L. Pereira, estudante do Curso Filosofia para Viver: “Foi uma experiência incrível, memorável (…). Essa experiência com a natureza foi sem igual. Foi uma mistura de pertencimento, amor e conexão. Ver essas árvores nos faz refletir sobre vários aspectos de nossas vidas, principalmente, em relação às raízes delas: quanto mais profundas, mas alto se consegue alcançar.”
Maria Eulália dos Santos, outra estudante do Curso Filosofia para Viver, disse que a experiência da trilha lhe fez refletir que “a diferença entre os diversos tipos de plantas não impede que cada uma cumpra sua função e se auxiliem uma à outra”. E, também, “o quanto que as raízes de algumas árvores, em determinado momento (da trilha), generosamente formavam uma ‘escada’ e ajudavam numa subida mais confortável”.
Essas reflexões comprovam a sabedoria do Cacique Seattle quando disse que somos parte da Terra, parte da Natureza, porque pertencemos todos à uma mesma família.