
A Organização Internacional Nova Acrópole – sede Niterói, ofereceu entre os dias 24 e 26 de abril, um ciclo de palestras sobre mitologia grega. Foram apresentadas três palestras sobre os mitos dos heróis: Hércules, Perseu e Teseu.
Na noite de segunda-feira, 24 de abril, o professor Michael Queiroz ministrou a palestra Os Doze Trabalhos de Hércules. O palestrante descreveu o mito deste Herói, que é filho de Zeus. Ao transcorrer a história do mito, conta que desde criança começa a demonstrar sua grande força. Assim como todas as estórias de todos os grandes guerreiros, trilha o caminho na direção do domínio de si mesmo, lutando contra os seus defeitos. Esta superação está representada em doze trabalhos, que é recomendado pelo oráculo de Apolo.
Michael ainda nos diz que fazendo uma analogia com a vida cotidiana, podemos nos inspirar em Hércules e nos tornarmos um herói cotidiano; vencendo obstáculos e agindo com amor e auto superação.
Na terça-feira, 25 de abril, ocorreu a palestra O Mito de Teseu e o Minotauro, apresentada pela professora Emília Vargas. No clássico mito do Minotauro, Teseu entra em um complexo labirinto almejando chegar ao seu centro para poder, então, matar o monstro, e só conseguiu com a ajuda da bela Ariadne, que simbolicamente representa a alma humana, a consciência de quem somos, de onde viemos.
“O novelo dado por Ariadne tem a finalidade de ajudar a nunca nos perdermos nos labirintos da vida e esquecermos nosso real objetivo. Teseu representa o ser humano, na busca de dominar o seu eu animal”, comenta Emília. “No nosso nível de consciência, ser herói se refere principalmente a vencer as debilidades, sejam elas inerentes ao corpo, como a preguiça, ou ao emocional, na forma de medos, carências, ou mesmo no plano mental, como confusão de ideias, pensamentos circulares, egoísmo, entre outros entraves que nos impede de ser alguém melhor”, conclui.
Por fim, na quarta-feira, 26 de abril, na palestra O mito de Perseu e a Medusa, a professora Roselee Pozzan relatou que Medusa era uma belíssima sacerdotisa do templo de Atena, no entanto, violou seu pacto de castidade e uniu-se a Poseidon dentro do templo de Atena.
A deusa Atena puniu-a, banindo-a para uma ilha, transformando-a na Górgona, a criatura mítica, com serpentes no lugar dos cabelos, presas de bronze e asas de ouro, cujo olhar transformava em pedra todos aqueles que ousassem encará-la.
Ela só pode ser vencida por Perseu ajudado por Atena, que lhe disse como proceder. Quando a Medusa foi atacar-lhe, ele lhe mostrou seu escudo, que refletiu sua imagem. Ao ver sua própria imagem, a Medusa transformou-se em pedra.
Rosellee conta que a Medusa representa as formas mentais negativas que paralisam o ser humano e o impedem de evoluir. Representa os medos e temores que carregamos em nós e que nos recusamos a reconhecê-los e enfrentá-los, com a esperança de que podemos fugir deles. Até que, inconscientemente, atraímos situações que nos colocam frente a frente com esses medos. “Apenas com o auxílio da sabedoria, representada por Atena, o ser humano (Perseu) pode combater e vencer seus próprios temores”, afirma.