
A aula aberta “Mulheres na Filosofia: uma jornada histórica e contemporânea”, realizada no dia 12 de março na unidade São Leopoldo da Nova Acrópole, destacou a vida e o legado de Edith Stein (1891 – 1942). Além disso, o evento proporcionou reflexões sobre sua contribuição para a filosofia e seu impacto na contemporaneidade.
Na oportunidade, a professora Stephanie Silveira contextualizou a opção de Edith Stein – judia, nascida na Alemanha, que aos 14 anos começa a questionar a sua referência religiosa, passando a dedicar-se exclusivamente aos estudos intelectuais. Formou-se em Psicologia e fez doutorado em Filosofia (na área da Fenomenologia).
No entanto, ao conviver dentro do círculo acadêmico com muitos cristãos, percebe que a vida intelectual destas pessoas não excluía o fator religioso. Fato que lhe serviu de inspiração. E ao tomar contato com o Livro da Vida, de autoria de Santa Tereza de Ávila, compreendeu que no Cristianismo ela encontraria a Verdade.

Protagonismo de Edith Stein
Segundo a professora, Edith Stein vivia um período intelectual muito ativo, realizando palestras em toda a Europa. Situação que se modificou com a crescente opressão do partido nazista.
Entra, então, para o Convento das Carmelitas, unindo a vida intelectual com a vida apostólica. Através das cartas que começa a receber, passar a ajudar muitas pessoas, com conselhos espirituais.
União
Ao perceber que podia unir Judaísmo (Jesus era judeu) e Cristianismo (ensinamentos de Jesus) passa a escrever sobre a união do sagrado, independente da forma religiosa.
É transferida para a Holanda, na busca de proteção, mas acaba tendo o mesmo fim que o povo judeu. Ao ir para a câmara de gás, sua figura se destacava pela vestimenta de freira e por portar a estrela judaica e a cruz cristã.
Acima de tudo, seu legado tornou-se fonte de inspiração quando do Concílio Ecumênico da Igreja Católica, em 1965, para o tratado Nostra Aetate, sobre o compromisso de não violência praticado por motivos de raça ou cor, condição ou religião.
Edith Stein foi canonizada em 11 de outubro de 1998 pelo Papa João Paulo II. Ela é conhecida como Santa Teresa Benedita da Cruz.