Ciclo Nacional de Palestras Pierre de Coubertin: O Resgate do Heroísmo no Esporte

Por Rio Grande do Sul - São Leopoldo

Resgatar ideais humanos, que serviram de inspiração a homens e mulheres, em diferentes épocas históricas, é uma das principais funções da Filosofia. Entre os ideais, podemos destacar o Espírito Olímpico, tema que serviu de inspiração para um ciclo de palestras em homenagem a Pierre de Coubertin, coordenado pela Organização Nova Acrópole em parceria com a Escola do Esporte e o Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin.

Em São Leopoldo esta proposta tomou a forma de uma aula aberta, que ocorreu no dia 07 de agosto, a cargo de dois educadores físicos, estudantes de Filosofia à Maneira Clássica – Caio Santos e Fabiane Graef Muller.

Fabiane apresentou o homenageado, o francês Pierre de Frédy, ou Barão de Coubertin, (1863 – 1937) a partir de dados sobre sua vida e sua grande atuação como escritor, jornalista, historiador, pedagogo e, acima de tudo, um humanista, que resgatou os jogos olímpicos para a era moderna.

Caio retomou a história dos jogos olímpicos da Antiguidade (776 a.C. – 393 d.C.) como festival religioso e atlético, que se realizava de quatro em quatro anos, na cidade de Olímpia (Grécia), em honra a Zeus.

Situou a figura arquetípica do herói dentro do esporte. Resgatou os atributos (do herói/modelo) que supera, de forma excepcional, um problema de dimensão épica, condição humana/facetas com virtudes que o homem comum não apresenta, com atos moralmente justos, altruístas. “Sua ação é por amor, um chamado da alma”, diz.

 

Coubertin e os Jogos Olímpicos

Os estudantes acropolitanos mencionaram a pesquisa realizada por Coubertin nas escolas inglesas, onde o esporte tinha forte influência na educação, o que influenciou seus passos.

Ele propôs o resgate não apenas da forma, mas do espírito dos jogos olímpicos. Por sua iniciativa, em 1894 foi realizado o Congresso Atlético Internacional, em Paris, com a formação do Comitê Olímpico Internacional.

Os primeiros jogos aconteceram na Grécia, onde na antiguidade ocorreram os últimos. Depois, em diferentes países.

 

Vencer a Si Mesmo

Também foram abordados, no encontro, os marcos festivos, seus símbolos e significados, tais como as vestimentas, as cerimônias, a música, o juramento, a tocha olímpica, o hino, o selo, e a homenagem aos vencedores.

Coubertin considerava o movimento olímpico como uma missão educativa onde o ser humano pudesse expressar ideias nobres e altruístas, vencer a si mesmo mediante o desempenho. O esporte como gerador de disciplina, autoconhecimento e consciência, que se refletiria em ações.