Lidando com a Velocidade da Vida

Por Rio Grande do Sul - São Leopoldo

A sensação de escassez de tempo e de aceleração dos acontecimentos, tão presente nos dias de hoje, motivou a realização de uma aula aberta, no dia 23 de janeiro, na sede de São Leopoldo da Organização Internacional Nova Acrópole – Filosofia, Cultura e Voluntariado.

Ao abordar o tema “Tempus Fugit: Ensinamentos para lidar com a velocidade da vida”, o instrutor João Tavares mencionou que esta expressão teria sido usada pela primeira vez em um dos poemas de Virgílio (70 a.C – 19 a.C).

É inegável que o tempo vai passar para todos, não há como pará-lo ou estocá-lo, mas podemos vivê-lo com mais qualidade. Podemos afirmar que tempo é vida e Filosofia, a arte de viver.

A sensação de escassez de tempo e de aumento de atividades vai gerando automatismos, o que não faz sentido para a natureza humana, uma vez que vamos executando atividades e fazendo escolhas de forma cada vez mais inconsciente, o que gera ansiedade e frustrações.

Desejo x Necessidade

Com as questões, “O excesso de atividades é real ou é gerado? Se fizéssemos um inventário do tempo cronológico… onde estamos investindo tempo? Tem a ver com aquilo que buscamos e o que somos? Estamos aplicando bem este recurso?”, Tavares afirmou que a Filosofia pode ser uma ferramenta prática de mudança em nossa rotina à medida que vai agregar qualidade ao nosso tempo.

Nesse sentido, o instrutor enfatizou a importância de trabalhar virtudes como atenção, foco e concentração para ter uma vivência profunda do presente, aproveitar as oportunidades e fazer boas escolhas. “Quanto de tempo dedicamos, por exemplo, para ter mais vitalidade?”, perguntou.

Reorganização

Tavares falou também sobre as variações na concepção do tempo ao longo da história. E, ainda, de como identificar os “ladrões do tempo”. “Assim, podemos nos reorganizar e fazer com que o tempo qualitativo possa estar cada vez mais presente em nossa vida”, concluiu.