
Durante esta semana dedicada ao Dia da Mãe Terra, todas as unidades da Nova Acrópole estão promovendo atividades especiais. Em São Leopoldo, por exemplo, a programação incluiu uma aula aberta inspiradora com o tema:
“Muito além da ação: Como o voluntariado desenvolve nossa humanidade.”
Filosofia na Prática: viver de forma integrada
O ser humano, por natureza, é um filósofo. Por isso, pode – e deve – buscar viver de forma mais consciente e integrada ao mundo ao seu redor.
No encontro realizado na noite de 24 de abril, o professor Gerson Mello abordou a importância de unir voluntariado, filosofia e cultura. De acordo com ele, a ação voluntária só atinge seu verdadeiro potencial quando está conectada a valores mais profundos. Dessa forma, a prática voluntária se transforma em um caminho de autodesenvolvimento e contribuição.
Voluntariado e Humanidade
Para fundamentar sua fala, Mello resgatou um conceito essencial da filosofia grega sobre a constituição do ser humano. Segundo essa visão, o ser é composto por três elementos:
- Nous (razão)
- Psique (alma)
- Soma (corpo)
A partir desse conceito, ele mostrou como o voluntariado pode se manifestar em todas essas dimensões. Veja abaixo alguns exemplos:
- No corpo (Soma): ao doar alimentos, roupas ou objetos a quem precisa.
- Na alma (Psique): ao oferecer empatia, escuta, compaixão e bons sentimentos.
- Na mente (Nous): ao compartilhar ideias, valores e inspiração.
Portanto, o voluntariado não se limita à doação material. Pelo contrário, ele envolve também o cuidado com o emocional e o intelectual de quem recebe.


Pensar, Sentir e Agir: o ciclo do verdadeiro voluntariado
“É preciso pensar, sentir e agir”, enfatizou o professor. Com essa afirmação, ele destacou que o voluntariado deve ser mais do que uma ação pontual – precisa nascer de um processo interno de transformação.
Assim sendo, à medida que o ser humano se desenvolve por meio da filosofia, ele constrói uma prática cultural sólida, baseada no exercício da vontade. Consequentemente, torna-se capaz de oferecer mais, com mais qualidade, renovando o compromisso com um mundo melhor.
Além disso, quando há harmonia entre pensamento, sentimento e ação, o impacto das atitudes voluntárias se multiplica.

Uma reflexão final
A aula aberta em São Leopoldo reforçou que o voluntariado vai muito além do ato de doar. Além de contribuir materialmente, ele promove empatia, entendimento e inspiração. Em outras palavras, trata-se de um exercício profundo de humanidade.
Em resumo, o voluntariado é uma prática que transforma tanto quem doa quanto quem recebe. Por meio da filosofia, ele se torna ainda mais potente, pois conecta o indivíduo a algo maior: o compromisso com um mundo mais justo, ético e solidário.
