Nas últimas semanas, a Nova Acrópole Savassi realizou atividades artísticas e investigativas relacionadas à capital mineira, que completou 127 anos no dia 12 de dezembro.
A data comemorativa se relaciona à transferência da capital do Estado de Minas Gerais, de Ouro Preto para Belo Horizonte. Mas antes já havia no local uma igreja construída por Francisco Homem del Rey: a Igreja da Boa Viagem. Essa construção tem sido objeto de investigação dos estudantes da Nova Acrópole, que, após pesquisarem sobre a história e relevância do templo, apresentaram suas descobertas e reflexões para as turmas do Curso Filosofia para Viver.
Durante o estudo, os alunos descobriram que, quando Francisco Homem del Rey obteve autorização da Coroa Portuguesa para se estabelecer na região onde fica hoje Belo Horizonte, ele trouxe consigo, de Portugal, uma imagem da Nossa Senhora da Boa Viagem, a padroeira dos navegantes. Agradecido pelas viagens seguras que fazia pelos mares, ele decidiu construir uma capela de pau a pique em homenagem à santa. Muitas pessoas vinham de outros estados e países para tentar a vida por meio da atividade de mineração na região central do estado e passavam por ali. Assim, a partir da capela se desenvolve o vilarejo do Arraial do Curral del-Rey.
A Igreja da Boa Viagem já teve 3 versões desde a sua construção, sendo que a última delas, de estilo arquitetônico neogótico, foi reformada entre 2015 e 2020. Encontra-se localizada numa praça entre as ruas Sergipe, Alagoas, Timbiras e Aimorés. A Lei nº. 11.724, de 2024, declarou o templo como marco zero de Belo Horizonte, o que significa que aquele é um local que marca o nascimento, o ponto de origem da cidade.
O objetivo de estudar e apresentar a história da Igreja da Boa Viagem foi de buscar conhecer mais sobre as origens da nossa cidade e sobre essa bela construção, estabelecendo uma relação mais profunda com locais que vemos com frequência, mas que muitas vezes não são objeto de nossas reflexões.
Além dessa atividade, foram realizadas, ainda, oficinas de bordado e aquarela, pintura com giz de cera pastel oleoso, com a produção de imagens de pontos importantes da cidade, como a Praça Raul Soares, a Serra do Curral e a Igreja de São Francisco de Assis (Igrejinha da Pampulha).
Ao mesmo tempo em que as oficinas propiciaram o contato dos participantes com a arte e as manualidades, permitiram também relembrar a beleza de locais importantes para a cidade.
A iniciativa alinha-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para a agenda 2030, proposta pela Organização das Nações unidas (ONU), mais especificamente ao ODS#4, que objetiva assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.