A Nova Acrópole Savassi realizou uma oficina, com encontros entre os meses de julho a setembro, para a confecção de Amigurumis, a serem doados a alguma das instituições apoiadas pela Nova Acrópole em comemoração ao Dia das Crianças.
A origem do crochê é controversa: alguns autores consideram sua origem árabe, outros, chinesa, expandindo-se depois através do Tibete para o mediterrâneo. A palavra e a técnica do Amigurumi, entretanto, têm sua origem na junção de duas palavras japonesas: “ami”, que significa malha, crochê, e “nuigurumi”, que significa bicho de pelúcia. Assim, surgiu a palavra Amigurumi, que se popularizou com o significado de “bicho de crochê”. No Japão, presentear alguém com um Amigurumi é considerado louvável. Para eles, os Amigurumis possuem um significado muito especial: eles atraem boa sorte e prosperidade para quem os receber.
Na Nova Acrópole Savassi, a ideia da Oficina de Amigurumi “surgiu de um desejo de compartilhar conhecimentos sobre crochê, uma paixão de sempre”, como afirmou Raíssa Ferreira de Aguiar, responsável pela condução do projeto. A atividade proposta dá continuidade ao trabalho desenvolvido no último semestre, quando foram confeccionados e doados gorros de crochê para uma casa de repouso. Com a expectativa do Dia das Crianças, surgiu a ideia de oportunizar novamente, aos alunos da Nova Acrópole, o exercício da técnica para a confecção de “monstrinhos” de crochê.
Os Amigurumis podem auxiliar no desenvolvimento das crianças. Quando o presente recebido possui a forma de carro, avião, cachorro, gato, passarinho, por exemplo, pode ser associado a imagens já conhecidas, convidando os pequenos a imitar os sons e os movimentos do objeto ou do personagem confeccionado, além de poder se transformar em um amigo inseparável.
Para aqueles que exercitam a técnica Amigurumi, o momento é enriquecedor e traz muitos benefícios, como o exercício da concentração, a redução do estresse, sendo favorável, ainda, para a acuidade visual, o aumento da autoestima, o aumento da criatividade, prevenindo até doenças degenerativas.
Na Oficina de Amigurumi, não há preocupação em se ter uma grande produção, nem que ela seja perfeita. Wagner Fonseca, um dos participantes, sentiu-se muito motivado a aderir à atividade, em razão das memórias afetivas de infância, em que sua avó, mãe e irmãs faziam inúmeras peças. Afirmou que sua participação foi feita com muita alegria e a descreveu como um desafio para novas aprendizagens, “um modo de distensionar-se, deixando fluir os movimentos”.
Lúcia Helena Toledo, outra participante, relatou: “São muitas combinações propostas e, às vezes, muito desafiadoras. É um exercício de atenção, mas, ao mesmo tempo, um momento descontraído que oferece oportunidades únicas de interação.” A aluna Cláudia Maria compartilhou sobre sua experiência: “Eu achei o máximo, começarmos do zero e ver o trabalho pronto ao final. Me fez refletir sobre como devemos valorizar o trabalho dos artesãos, pois seu trabalho são verdadeiras criações. E por termos feito como um trabalho voluntário, para oferecer a alguém, a felicidade é ainda maior.”
A atividade alinha-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para a agenda 2030, proposta pela Organização das Nações unidas (ONU), mais especificamente ao ODS #4, que objetiva garantir o acesso à educação inclusiva, de qualidade e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos, e ao ODS #10, que objetiva reduzir as desigualdades.