Que bela expressão sobre a importância da Filosofia, da Fraternidade, da Unidade e da Dignidade Humana! Engloba ideias profundas e fundamentais que podem ser aplicadas tanto individualmente quanto coletivamente em nossas vidas. Assim foi o tema “À Unidade pela Dignidade: como a Filosofia pode unir os seres humanos” tratado pela professora Luzia Helena de Oliveira Echenique, diretora da Nova Acrópole Brasil – Área Sul.
O Dia Internacional da Filosofia, celebrado pela Nova Acrópole em todos os países em que está sediada, é uma oportunidade para refletirmos sobre os valores que moldam a nossa existência. Histórias como a do conceito africano Ubuntu – lembrado pela professora, recorda que “eu sou porque nós somos” – e exemplificam como a união e a partilha podem transformar realidades. A filosofia, neste contexto, deixa de ser algo abstrato e se torna uma ferramenta concreta para promover empatia, convivência e generosidade.
A Filosofia e a construção de nós mesmos
Em tempos de divisões globais e conflitos locais, a busca pela unidade não é apenas um ideal, mas uma necessidade prática. Essa “cidade alta” ou Acrópole, como bem colocou a professora Luzia Helena, propõe que todos podemos cultivar um espaço elevado dentro de nós mesmos – um estado de consciência onde nossas melhores virtudes florescem, contribuindo para a construção de um mundo mais fraterno e solidário.
Cita também o renascentista Pico della Mirandola, em seu célebre “Discurso sobre a Dignidade do Homem”, nos recordando que o ser humano é único em sua capacidade de moldar a si mesmo e escolher seu destino. Esse poder de transformação é o que nos permite superar adversidades e criar pontes onde há separatividade.
Conviver: uma arte necessária
A convivência, descrita como uma arte, exige mais do que a simples presença física. “É saber estar unido” – enfatiza a professora -, “o que demanda esforço, diálogo, respeito mútuo e tolerância ativa”. Essa prática vai além da passividade: exige ações conscientes que promovam entendimento e cooperação.
Nesse sentido, a filosofia atua como uma bússola interior. Orienta tanto em momentos de calmaria quanto em períodos de turbulência, mostrando que a convivência e a dignidade humana não são apenas ideais a serem contemplados, mas práticas que devem guiar nossas vidas.
Um convite à transformação
No coração dessa celebração está um chamado à ação: desenvolver a consciência, praticar a generosidade e valorizar a fraternidade. Em um mundo muitas vezes fragmentado, a filosofia continua sendo um farol que ilumina caminhos para a transformação interior e coletiva.
Como a mensagem da professora Luzia Helena ressalta, a condição humana é ao mesmo tempo um privilégio e uma responsabilidade. “Ser Ser Humano é um grande desafio!” Cabe a cada um de nós viver com coragem, união e o compromisso de construir pontes que transcendam as diferenças. Afinal, a filosofia não apenas nos ensina a pensar, mas também a agir pelo bem comum.
“A Vida é maravilhosa, e é uma grande responsabilidade vivê-la. Que a Filosofia esteja aí no coração de vocês, como um barco interior que navega. Às vezes em águas tranquilas, mas às vezes em águas turbulentas. Mas sempre estará conosco, sempre poderemos navegar com esta barca chamada Filosofia!” Luzia Helena de Oliveira Echenique