Festa da Primavera entoada por seu hino “Ode a Mercúrio”

Por Nova Acrópole Brasil

Ode a Mercúrio

“Hermes, Thot, divino Mercúrio/ Das letras senhor, realeza/ Ensinai-me na eloquência e palavras/ A ver a real beleza.

Imão de Apolo, mensageiro dos deuses/ Senhor da magia da imaginação/ Foi na delicadeza de teus movimentos/ Que ensinaste-me a ouvir meu coração.

E com as asas de teus pés/ E com as asas de teu caduceu/ Conduz-nos serenamente/ Desde a terra até o céu.”

O poético “Ode a Mercúrio” do professor Marcelo Silveira, foi o hino entoado e cantado durante o evento da Festa da Primavera 2023, inicialmente como apresentação musical, realizada pelos coralistas do Coral Euterpe, seguido por vivência do canto coral com todos os participantes do evento, cerca de 400 vozes divididas entre sopranos, contraltos, tenores e baixos.

A Primavera, a estação das flores, talvez o mais esperado dos ciclos estacionais durante o ano por sua inegável beleza. A bela estação que representa o renascimento, a vida em seu despertar e desenvolver foi comemorada pela Organização Internacional Nova Acrópole Brasil no mês de setembro, nas proximidades da chegada desta estação no hemisfério sul, no povoado de São Francisco Xavier (Distrito de São José dos Campos/SP), em sua sede nacional – área Sul.

Durante quatro dias, um belo e rico evento foi totalmente dedicado às artes musaicas. As musas, na mitologia grega, eram entidades às quais eram atribuídas a capacidade de inspirar a criação artística ou científica. Eram filhas da Titã Mnemosine, representante da memória em união a Zeus, Deus supremo do Olimpo. À sua casa denominava-se Museu e sob a coordenação do Deus da harmonia Apolo, as musas: Calíope (poesia épica), Erato (poesia lírica), Euterpe (música), Polímnia (hinos, música sacra), Tália (comédia), Melpomne (tragédia), Terpsichore (dança), eram as patronas das artes.

O evento contou com uma programação intensa e variada, entre ações de voluntariado, palestras, oficinas, ateliês e apresentações artísticas. As manhãs foram compostas pelas palestras: “Estética como disciplina de Vida” ministrada pelo professor Marcelo Silveira e “Filosofia da Arte e Filosofia de Vida” ministrada em parceria pelos professores Catarina Gonzaga, Renata Bernardino e Márcio Cecconello. Também ocorreu a exposição guiada de peças da coleção nacional da Nova Acrópole e o 1° Encontro Nacional dos(as) escritores(as) e apreciadores(as) do estilo literário Contos.

As tardes foram preenchidas por oficinas diversas: declamação de poesia, raikai, teatro, balé clássico, dança de salão, introdução à teoria musical, canto coral. As noites foram brindadas com apresentações de alto nível técnico/estético, contemplando o teatro, a dança, a poesia e a música. Dentre elas destacam-se os espetáculos: “A Voz do Silêncio”, monólogo encenado pela atriz Beth Zalcman, que conta com direção de Luiz Antônio Rocha e texto de Lúcia Helena Galvão. “Os Deuses de Casaca” do escritor brasileiro Machado de Assis com direção de Marcelo Silveira e Pedro Melo e o Concerto de Primavera ou Rapto de Perséfone com texto de Marcelo Silveira, roteiro e direção musical de Márcio Cecconello


Segundo Marcelo Silveira, diretor nacional do Instituto de formação musical e artística Tristan da Nova Acrópole, “a festa da Primavera é um momento em que nós nos encontramos, membros da Nova Acrópole de vários lugares do Brasil, para celebrar a chegada da estação e temos como objetivo uma experiência de vivência fundamentalmente das artes em conjunto, através de apresentações artísticas, ateliês e palestras com uma atenção, um carinho muito especial com o contato com a beleza, com a busca pela beleza.”

Para finalizar, salienta-se a oportunidade que os participantes tiveram em vivenciar uma imersão artística muito rica, profunda e bela durante quatro dias que começavam cedo pela manhã e terminavam com celebrações e bailes à noite. Vale ressaltar ainda, que a arte com seu caráter formativo e integrativo oferece aos que com ela tomam contato, uma oportunidade de aprofundamento em si mesmo como seres humanos, indo ao encontro da beleza que está em seu próprio interior.