Sábado, dia 11 de maio, foi inaugurado o Projeto “Tá Na Mão”, um projeto piloto que visa trazer o quanto antes, dignidade para as famílias que perderam tudo nas enchentes do Rio Grande do Sul. Para isso, os voluntários da Nova Acrópole irão às comunidades de mais difícil acesso e mais atingidas para identificar e mapear as dificuldades reais e imediatas dessas famílias. Vale ressaltar que os próprios voluntários da Nova Acrópole irão se encarregar de fazer a aquisição dos itens e bens necessários e também a distribuição dos mesmos aos corretos destinatários.
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A primeira ação deste querido projeto ocorreu no interior de Sinimbu, a cerca de 30 quilômetros da cidade de Santa Cruz do Sul, denominada Rio Pequeno, uma das comunidades mais atingidas pela enchente na região. Foram levantadas as necessidades imediatas dos moradores da localidade e também foram entregues donativos como cestas básicas, produtos de limpeza e fraldas. Cerca de 21 voluntários auxiliaram a ação e cerca de 160 pessoas, de 50 famílias, puderam ser auxiliadas.
Algo importante a ressaltar é que os voluntários da Nova Acrópole foram os primeiros a chegar no local para conversar com essa população e ver as suas necessidades após os eventos climáticos recentes. A comunidade estava realmente ilhada e isolada. Isso foi relatado aos voluntários acropolitanos pela psicóloga do local que apoiou na ação. A localidade apresenta muita dificuldade de acesso, devido a queda de pontes e há também grande dificuldade da população para sair do local. Alguns poucos moradores tem ido até localidades vizinhas para a busca de donativos.
Abaixo o relato de Sofia Bittencourt, médica e voluntária da Nova Acrópole de Santa Cruz do Sul:
“O projeto consistiu em primeiramente chegar a essa localidade de acesso bem difícil, com carros 4 x 4. Após a chegada, os voluntários foram separados em duas equipes. Um grupo permaneceu onde chegavam os carros e o outro atravessou a pé os escombros da primeira ponte. Então, foram mapeadas as duas principais localidades dessa comunidade e a partir do apoio de líderes locais, fomos até as casas devastadas pela enchente do rio. Uma turma, além de atravessar a ponte, precisou atravessar também o rio e a única forma de fazer isso era através de uma balsa improvisada pelos moradores locais para chegar às casas que haviam sido devastadas, e todas estas equipes de voluntários estavam então levantando as necessidades da população. Mas, a partir dos relatos, o que mais foi impactante para essa comunidade em relação a ação dos acropolitanos foi ter ido até lá, pois os voluntários da Nova Acrópole foram os primeiros a conseguir chegar nessa comunidade e foi possível realizar nessa ação o mapeamento de todas as famílias que foram afetadas pela enchente. Isso impactou bastante a comunidade e muitas pessoas choraram e se emocionaram. O que comoveu o olhar dos voluntários da Nova acrópole foi a resiliência, a força dessas pessoas, o otimismo e poder observar que ninguém estava entregue ou à deriva, todos estavam buscando formas de se reerguerem. Realmente é um cenário bastante desolador, mas foi uma ação muito bela que exigiu dos voluntários um dia inteiro de atividades na chuva, mas com certeza foi muito recompensador.”
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