União, esse é o sentimento comum expressado na II Olimpíada Internacional do Voluntariado

Por Nova Acrópole Brasil

“Não há separação, apenas união entre nós”, disse Rita London, atleta Israelense participante da II Olimpíada Internacional do Voluntariado, que foi marcada por muita beleza em seu sexto dia de competições. As mesmas começaram pela manhã com as emocionantes provas de revezamento no atletismo, seguidos pelos os agônicos 800 m e, logo após, na piscina, com as provas de revezamento em equipe 4×50 m medley (feminino e masculino).

À tarde ocorreu uma modalidade na qual o silêncio e muita concentração são indispensáveis, o tiro com arco, um esporte místico e mágico, tradicional de culturas antigas. À noite, as equipes de ginástica rítmica belamente manejaram a bola e a fita, encantando a todos os presentes. Ambas oriundas da delegação do Brasil, uma delas trabalhou com fitas e teve como tema a Alegria. Já a outra manejou o aparelho bola e fez referência às três graças pintadas pelo renascentista italiano Sandro Botticelli.

O encerramento deste dia se deu com a palestra da professora Sara Fantin (Integrante do Senado Olímpico Internacional de Nova Acrópole e do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin) que dissertou sobre a “Oração a Niké“. Trazendo muito significado e proporcionando entendimento à parte simbólica dos Jogos Olímpicos, como seus elementos, símbolos e origens. Niké, Deusa Grega da Vitória é a divindade tutelar dos Jogos Olímpicos.

Voltando para a pista, campo, quadra e piscina, confira alguns depoimentos de atletas medalhistas:

“É meu primeiro encontro internacional e eu não tenho palavras para expressar o quão incrível e fantástico foi. Uma semana com muita inspiração, pessoas abrindo seu coração, contando histórias. Eu vim ao Brasil, que fica a 30 h de viagem da Áustria e me senti chegando em casa. É um sentimento muito bonito, pois aqui eu recebi a força para voltar a acreditar em mim mesma. Nas competições, conheci pessoas impressionantes e toda a atmosfera das cerimônias e aulas que tivemos aqui me ajudaram a transformar esses sentimentos em algo mais. Eu corri os 200 m e 400 m e senti como se corresse por todos nós, por algo maior e, ao final, entre todas as atletas competidoras, nos abraçamos, e tivemos um mágico momento, pois nossos corações estavam pulsando juntos como se fôssemos uma só atleta e senti que fazíamos parte de um mesmo time.” Eva é austríaca e foi medalha de prata na corrida de 200 m e 400 m.

Segundo o atleta espanhol Eduardo Thielen Santana: “Me parece um sonho poder participar de duas edições da Olimpíada Internacional do Voluntariado (esta no Brasil e a anterior na Espanha). O que se vive aqui é mágico: a fraternidade, a união, a força de todos, não somente de um país. É o que faz falta para criar um mundo novo e melhor. Muito obrigado ao Brasil por nos receber e pela super organização.” Eduardo foi ganhador da medalha de ouro no futebol. No atletismo foi bronze em 100 m e 200 m; prata em 400 m, 4×100 m e 4×400 m; bronze em salto em distância.

“Me sinto muito feliz em estar aqui, eu me sinto pequena diante dessa experiência que é tão difícil de transcrever em palavras. Estive aqui durante uma semana, mas parece que estive por toda minha vida, porque todos os rostos e olhos que vejo tornaram-se tão familiares e próximos, eu sinto que foi algo realmente único. Pudemos conhecer outras pessoas com nosso coração, muitas vezes não falávamos a mesma língua, era somente o encontro humano puro, autêntico e aberto, e isso realmente aqueceu meu coração. Sobre a competição, foi uma experiência única, pois senti duas sensações. No início eu estava sem foco e meus tiros não foram bons, no segundo momento decidi tornar-me una com a natureza, com as pessoas, com toda a experiência e tive um sentimento único de que éramos um só. Isso teve um efeito, meu tiro pareceu não vir de mim, era como se algo estivesse acontecendo e eu estava lá e dava passagem para que ocorresse. A competição me colocou a oportunidade de tomar essa decisão e quero me lembrar disso e continuar tomando essa decisão em minha vida! De ser una, com as pessoas, com a natureza, com o mundo, porque quando somos capazes de ser unos, de sermos um, sentimos unidade, felicidade, compreensão pelos demais e nesses momentos entendemos não com nossas mentes, mas com nossos corações que não há separação, apenas união entre nós.” Rita London é Israelense e foi medalha de prata no tiro com arco.

“Foi fantástico poder participar desse evento. Para o nosso time está trazendo um grande crescimento. O ganho de maturidade durante os jogos foi visível. Tivemos uma oportunidade de desenvolver técnica e tática ao longo das Olimpíadas. Jogar com Espanha, Bolívia, República Checa, Rússia é uma alegria que não cabe no peito. Nosso grupo ficou mais fortalecido ainda”, comentou Ricardo Lopes Aires Costa, técnico da equipe de São Francisco Xavier / SP, que foi ouro do vôlei.

“O que mais senti durante as provas foi a gratidão a tudo o que implicava o movimento de tanta gente. Este promove nosso melhor e a possibilidade de nos conhecer de verdade, com a energia suficiente para gerar o amor fraterno. Poder ver dentro de mim a paz para poder oferecê-la implica muito trabalho. Gracias!”, relata a Boliviana Maria Elena Pacheco, medalha de prata na corrida de 5 km e no 4×400 m.