Dia Mundial da Filosofia é celebrado em Taubaté/SP com mesa-redonda sobre como a Filosofia ajuda a superar as diferenças

Por São Paulo - Taubaté

Em celebração ao Dia Mundial da Filosofia, a Nova Acrópole Taubaté/SP promoveu na noite do dia 23 de novembro uma apresentação artística e uma mesa-redonda com o tema “A Filosofia ajuda a superar as diferenças”.

O evento iniciou com uma apresentação musical oferecida pelo Coro Meritamon, formado por alunos da Nova Acrópole. As músicas apresentadas foram “Seguindo a Maré” de Maurício Durão, e o Poema “Há homens que lutam um dia…” de Bertold Brecht, musicado por Washington Ferreira.

Daniela Paciello, musicista e regente do coro, comenta que escolheu estas duas músicas para esse evento pois, a primeira, apesar de ser uma canção simples, trata dos ciclos da natureza, de forma sutil, mas explícita, e como filósofos, reconhecemos que para enxergar a Unidade é necessário conhecer as Leis da Natureza. Já a segunda música foi escolhida como uma homenagem aos filósofos e às escolas de filosofia que nos precederam e nos inspiram. Ela foi cantada também em espanhol, em homenagem ao fundador de Nova Acrópole, professor Jorge Angel Livraga, argentino de nascimento.

Após a apresentação do coro deu-se início à mesa-redonda, composta por seis professores da Nova Acrópole de Taubaté/SP, um deles participando como mediador, que realizou algumas perguntas aos professores, como: “O que faz o ser humano não perceber a Unidade e como mudar isso?”, “Por que nos é tão difícil superar a separatividade?”, “Como o desenvolvimento da fraternidade pode promover a Unidade?”, dentre outras mais.

“O diálogo faz com que o ser humano realize perguntas; elas estão aí; a natureza é fonte de perguntas! Quando se faz perguntas, amplia-se o estado de atenção, o que nos permite alcançar a resposta. Se não houver atenção, essa oportunidade passa. É próprio do ser humano fazer perguntas e aproximar-se do conhecimento. Já a dúvida, por si só, sem questionamento e busca da verdade, afasta o homem de um conhecimento possível”, disse o professor Celso Silva.

Em relação à pergunta sobre a fraternidade na promoção da Unidade, o professor Antony Nilman da Costa comenta: “[…] A fraternidade nos aproxima um pouco mais da Unidade. É a ação humana de enxergar no outro o que tem de melhor, a essência que existe nele. Ao se aprofundar e dedicar em aplicar a fraternidade, descobrimos no outro a mesma essência que temos em nós. Não é espontâneo, é um trabalho que demanda esforço para que a ideia de unidade se torne mais palpável… A fraternidade universal é conceber os demais como membros de uma família, o que nos permite enxergar o valor na diversidade…”.

O público presente pôde também fazer perguntas à mesa, a fim de compreender melhor os temas propostos e participar ativamente do diálogo. Daniela, educadora infantil, comentou que se sentiu em um ambiente acolhedor e confortável e percebeu que o que geralmente se pensa a respeito da Filosofia, de ser algo complicado que demanda bastante leitura e estudo teórico, é uma impressão equivocada, porque ali ela viu que a Filosofia é algo simples e prático e no evento ela teve a oportunidade de obter ferramentas para aplicar as ideias aprendidas em si e na sociedade.

“Chegar à Unidade parte de um exercício, da escolha de buscá-la. Na sociedade atual falta um método educativo que esteve presente nos momentos renascentistas e em grandes civilizações. Nós, em Nova Acrópole, como uma escola de filosofia à maneira clássica, promovemos esse método educativo. Não basta abrir a janela pela manhã, ver a unidade e ficar por isso. É preciso vivenciá-la, reconhecendo-nos como irmãos independente das diferenças”, diz Ana Beatriz Andrade.

O Dia Mundial da Filosofia foi instituído pela UNESCO, para ser comemorado sempre no mês de novembro, em alusão ao aniversário da morte do filósofo grego Sócrates e a Organização Internacional Nova Acrópole festejou esta data em todos os países onde se encontra presente.

Há 67 anos a Organização Internacional Nova Acrópole tem promovido a fraternidade universal, sem diferenças de etnia, sexo, crenças e outras formas de separatividade. Sua presença em mais de 50 países dos cinco continentes é uma demonstração viva de que é possível promover a Unidade para além das diferenças.