Ode I, 11 – Horácio (Quintus Horatius Flaccus)

Tu não questiones – é crime saber – o fim que para mim, que para ti

os deuses reservaram, ó Leucônoe, nem mesmo consultes

os números babilônicos. Quão melhor é suportar o que quer que venha!

Se Júpiter te concedeu muitos invernos, ou este último,

que agora quebra as tirrenas ondas contra as pedras,

sejas sábia, diluas os vinhos e, por ser breve a vida,

limites a longa esperança.  Enquanto falamos, foge invejoso

o tempo: aproveita o dia, minimamente crédula do amanhã.

 


Nota biográfica

Quinto Horácio Flaco nasceu na Venúsia (atual Venosa, Itália), em 8 de dezembro de 65 a.C. Foi um poeta lírico e satírico romano, além de filósofo. Sua obra exerceu forte influência sobre os autores renascentistas e classicistas em geral. Filho de um escravo emancipado, foi educado em Roma e Atenas. Entrou para os círculos literários, sob a proteção do influente Caio Mecenas e tornou-se o primeiro literato profissional romano.




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