Fisiognomia – HENRY MOORE

Encontramos no rosto do escultor um forte predomínio cerebral. Seu rosto é de tipologia lunar, signo de água, é um homem fleumático, com certa tendência à dependência, que não tem por que ser de uma pessoa, nesse caso da arte, já que se adverte também um rico mundo de sonhos em que gosta de submergir-se. É um bom amigo, mas com eles sente a necessidade de impressionar. Pode ser brusco em suas reações. É receptivo e concentra suas forças em uma direção.

Em sua ampla fronte vemos que é impulsivo e observador, com grande imaginação e poder conceitual, como se plasma em suas esculturas abstratas. Outra vez aparece o mundo de sonhos e a receptividade, há força, firmeza e uma introversão que propicia longos períodos de reflexão. Goza de grande memória e vontade, assim como de excelente sensibilidade, algo lógico em se tratando de um artista. Homem muito ativo, possui certa tendência à sugestão e a momentos de exaltação espiritual.
As orelhas são de um homem intuitivo, prático e produtivo. Pode ser muito duro de coração em determinadas circunstâncias e também cair em momentos de desânimo.
As sobrancelhas indicam energia, firmeza e de novo constância, mas aparecem outra vez os momentos de desalento que víamos na disposição das orelhas. Também aparece de novo a vontade, o que propicia um forte ego.
Os olhos são enérgicos, firmes e constantes e pela terceira vez os arrebatamentos de desalento, assim sobre eles não cabe a menor dúvida. Indicam outra vez fantasia, vontade e inteligência. É delicado em seus sentimentos e às vezes ingênuo. Pode exercer um grande magnetismo.
O nariz é de um intelectual. É enérgico, apaixonado. Se adverte sensualidade e sibaritismo, mas ao mesmo tempo um grande equilíbrio espiritual.
Tem grande amor próprio e as vezes é colérico se sua receptividade não encontra saída rápida.
A boca é fria, desconfiada, obstinada. O queixo indica outra vez sensualidade e forte desejo de tranquilidade em sua volta.
Seu yin é menos amável que seu yang. Dele vem a maior parte de sua natureza sonhadora, mas também uma certa tristeza, a parte dura de seu coração. O Yang é a parte maliciosa, fleumática, sensual. Não obstante, ambas forças equilibram-se bastante harmonicamente.
Henry Moore explorou em suas esculturas o recurso da conexão entre superfícies opostas, o valor expressivo do buraco perfurado como contraste da protuberância, algo que vai muito bem com a aproximação dos opostos de seu próprio caráter, como o que emancipou a imaginação visual das leis do covencionalismo. Um primeiro sentido superficial abriu-se rapidamente em suas próprias percepções e intuições.