Em 4 de outubro de 1957, a União Soviética lançou com êxito o primeiro satélite artificial: o Sputnik 1. Ficava assim inaugurada a carreira espacial, na qual os russos se adiantaram aos norte-americanos. Em 31 de janeiro de 1958, os americanos lançaram o Explorer 1, que realizou uma primeira grande descoberta: os cinturões de radiação Van Allen. A partir desta data lançaram-se às diferentes órbitas terrestres milhares de satélites. A órbita mais utilizada é a geoestacionária, que se encontra a 35.786 quilômetros de altura. Nela os satélites giram à mesma velocidade que a Terra. Por isso, se seu plano está sobre o Equador, vemo-los sempre em um ponto fixo do espaço. Os satélites de observação terrestre costumam usar a órbita polar que lhes permite obter uma visão completa da Terra em uma sucessão de voltas. As órbitas elípticas são as preferidas pelos satélites espiões, porque podem se aproximar mais da zona de observação selecionada.
Os centros de lançamento de satélites requerem infra-estruturas grandiosas e caras. Sua convocação é fundamental, já que quanto mais próximos se encontrem do Equador, melhores resultados se obtêm. Atualmente, existem duas maneiras de colocar um satélite em órbita, por meio de foguetes (lançadeiras), que caem na Terra uma vez cumprida a missão, ou carregados aos porões dos transbordadores, sistema mais caro, mas com maior confiabilidade.
Arthur C. Clarke publicou em 1945 uma proposta pioneira: garantir a cobertura radiofônica mundial, mediante a colocação em órbitas geoestacionárias de três satélites artificiais, situados a 35.900 quilômetros de altura. Esse escritor de ficção científica adiantou- se com sua imaginação aos técnicos russos e norte-americanos.
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